|Streaming| Obra-prima de Claire Denis e clássicos restaurados são destaques de maio na Filmicca
Streaming da FILMICCA divulga os lançamentos de maio na plataforma.
'Bom Trabalho' / Claire Denis (1999)
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A Filmicca acaba de divulgar seus lançamentos de maio. Entre os destaques, o streaming apresenta com exclusividade a versão restaurada da obra-prima “Bom Trabalho”, da francesa Claire Denis, além dos inéditos “Venha Aqui”, da diretora tailândesa Anocha Suwichakornpong, e “Jet Lag” da diretora chinesa Zheng Lu Xinyuan. Para completar, todo sábado do mês terá um lançamento de filme nacional, começando por “A Rainha Nzinga Chegou”, de Júnia Torres e Isabel Casimira.E tem mais a plataforma traz curtas premiados como o indicado ao Oscar “A Sala de Cartas”, de Elvira Lind e estrelado por Oscar Isaac, e o horror francês “Novo Sabor”, da diretora Merryl Roche e estrelado por Joséphine Japy.
“BOM TRABALHO” – OBRA-PRIMA DE CLAIRE DENIS
“Bom Trabalho”, da diretora francesa Claire Denis, conta a história do oficial da Legião Estrangeira, Galoup, que relembra sua vida outrora gloriosa, liderando tropas no Golfo de Djibuti. Sua existência lá era feliz, estrita e regrada, mas a chegada de um jovem recruta promissor, Sentain, planta as sementes do ciúme na mente de Galoup.
Denis e a diretora de fotografia Agnès Godard unem os códigos de honra militares e masculinos, o legado do colonialismo, o ciúme destrutivo e o desejo reprimido em imagens brilhantes e hipnóticas que finalmente explodem em um dos finais mais surpreendentes e inesquecíveis de todo o cinema moderno.
A restauração foi supervisionada pela diretora de fotografia Agnès Godard e aprovada pela diretora Claire Denis. Estreia exclusivamente no dia 19 de Maio na FILMICCA
LANÇAMENTOS INÉDITOS
Dois lançamentos inéditos e exclusivos estreiam no dia 12 de Maio. Da Tailândia, a novidade é “Venha Aqui”, de Anocha Suwichakornpong. A obra segue quatro jovens viajantes em uma viagem para Kanchanaburi para ver o museu, mas passam o tempo de outras maneiras quando descobrem que o mesmo está fechado para reforma. O filme foi exibido no Festival de Berlim.
Já da diretora chinesa Zheng Lu Xinyuan, a Filmicca traz “Jet Lag”, um filme de ensaio surpreendentemente pessoal que se move entre diferentes tempos e lugares com uma lógica errante: um diário de viagem de quarentena e lazer que traça linhas entre Graz, China e Mianmar, assim como amor, família e política. Exibido no Festival de Berlim.
RESTAURADOS E EXCLUSIVOS
O Cinema Clássico tem destaque com obras restauradas de diferentes continentes.
Do início da Nouvelle Vague Taiwanesa, duas obras de dois grandes diretores estreiam na plataforma no dia 26 de maio. “História de Taipei”, de Edward Yang e com roteiro de Hou Hsiao-Hsien, que também estrela a obra, é uma anatomia de uma cidade presa entre o passado e o presente. Já “Os Garotos de Fengkuei”, realizado pelo próprio Hou Hsiao-Hsien, segue jovens amigos, moradores de uma vila, que decidem ir para a cidade em busca de trabalho.
Do Continente Africano chegam, no dia 5 de maio, os médias-metragens “O Franco” e “A Pequena Vendedora de Sol”, realizados pelo mestre senegalês Djibril Diop Mambéty, “O Franco” e “A Pequena Vendedora de Sol” contam a história de pessoas comuns na cidade de Dacar, através de dois personagens inesquecíveis, que sonham e são corajosos para enfrentar o que tem pela frente
Completando os lançamentos clássicos, o raro filme “Bruxelles-transit” estreia dia 19 de maio. Realizado por Samy Szlingerbaum e produzido por Chantal Akerman. Falado em Iídiche, o único longa-metragem do diretor, falecido em 1986, conta a história da chegada de seus pais à Bélgica em 1947. Eles eram judeus poloneses que passaram dez dias viajando de trem pela Europa. A obra narra as tentativas da família para construir um lar, a luta para encontrar trabalho e seus esforços para se integrar ao país de exílio, sem documentos ou qualquer conhecimento do idioma.
CINEMA NACIONAL
Todo sábado de Maio, a Filmicca trará um filme nacional, começando por “A Rainha Nzinga Chegou”, de Júnia Torres e Isabel Casimira, uma coprodução entre Brasil e Angola. A obra aborda três gerações de rainhas e uma travessia de volta, em visita aos domínios da mítica rainha Nzinga, e às terras dos reis do Congo, Angola, pelos descendentes da eterna Rainha da Guarda de Moçambique e Congo Treze de Maio, Isabel Casimira, presença central do filme. Estreia em 06 de Maio.
Na semana seguinte é a vez do premiado “Inferninho”, da dupla Guto Parente e Pedro Diógenes. No longa, a protagonista Deusimar é a dona do Inferninho, bar que é um refúgio de sonhos e fantasias. Ela quer deixar tudo para trás e ir embora, para um lugar distante. Jarbas, o marinheiro que acaba de chegar, sonha em ancorar e fincar raízes. O amor que nasce entre os dois vai transformar por completo o cotidiano do bar.
No dia 20 de Maio é a vez “Desterro”, da diretora Maria Clara Escobar, selecionado para o Festival de Rotterdam. Uma casa está em chamas. Todas as casas. Uma viagem resulta em várias viagens e essa é sem regresso. Muitas mulheres falam. Contam suas histórias. A perda, a morte e a luta por ser, ao lado dos outros.
Apresentado no Festival de Cannes, o curta “Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci, completa as estreias nacionais no dia 27 de Maio. Em um mundo em chamas, uma enfermeira grávida sente que algo de errado paira no ar e se vê, aos poucos, atraída por uma fiel da igreja pentecostal e sua comunidade.
CURTAS PREMIADOS
Os curtas-metragens também têm destaque na FILMICCA. Toda quinta-feira de Maio estreiam dois filmes premiados. Começando, no dia 4, com o indicado ao Oscar “A Sala de Cartas”, de Elvira Lind e estrelado por seu marido, o ator Oscar Isaac, e o horror francês “Novo Sabor”, da diretora Merryl Roche e estrelado por Joséphine Japy.
Na semana seguinte estreiam “Imaculada”, de Emma Branderhorst, premiado no Festival de Berlim e que aborda a menstruação e o acesso a absorventes, e o avassalador “Bem Obrigada, e Você?”, de Molly Manning Walker, exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes. Walker é uma das diretoras selecionadas para esta edição do Festival de Cannes com seu primeiro longa-metragem, que será exibido na mostra Um Certo Olhar.
No dia 18 de Maio, chegam na plataforma o aclamado curta ganês “Da Yie”, de Anthony Nti, e a comédia dramática norueguesa “Dog Eat Dog”, de Rikke Gregersen e estrelado por Renate Reinsve, atriz de “A Pior Pessoa do Mundo”. Completando os lançamentos na semana seguinte estão o britânico “Do?lápo?` está Bem”, de Ethosheia Hylton, e o suspense francês “Judith Hotel”, da diretora Charlotte Le Bon.
Estreias de Maio 2023* | FILMICCA
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