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|Streaming| Filmicca traz lançamentos inéditos e retrospectivas em fevereiro

|Streaming| Filmicca traz lançamentos inéditos e retrospectivas em fevereiro

Retrospectiva da diretora alemã Ulrike Ottinger e obras de Kinuyo Tanaka estão entre as estreias da plataforma.

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'Malmkrog' / Filmicca

 

Em Fevereiro, a FILMICCA traz 18 filmes exclusivos para seus assinantes.
A retrospectiva permanente de 8 filmes da alemã Ulrike Ottinger é um dos destaques do mês na plataforma. A diretora possui uma marca inquestionável e única no Novo Cinema Alemão, no cinema feminista e no cinema LGBTQIA+, com filmes incríveis e que merecem ser (re)descobertos.

Apresentados em versões restauradas pela Arsenal Berlin, os filmes serão lançados toda quarta e sexta-feira de Fevereiro, começando com “Laocoonte e Seus Filhos”, uma releitura da obra “Orlando” de Virginia Woolf. A Trilogia de Berlim também faz parte dos lançamentos com a obra-prima “Retrato de uma Bêbada” e os maravilhosos “Freak Orlando” e “Dorian Gray no Espelho dos Tabloides”. “O Encanto dos Marinheiros Azuis”, “Madame X”, “Superbia – A Soberba” e “Joana d’Arc da Mongólia” completam as estreias.
Trabalhando em parceria com grandes artistas como Tabea Blumenschein, Magdalena Montezuma e Delphine Seyrig, Ottinger criou obras mágicas, surreais e ousadas que marcam o cinema desta artista de talento imensurável.

Ainda neste mês, chegam ao catálogo duas obras restauradas dirigidas pela japonesa Kinuyo Tanaka. Atriz icônica, Tanaka estrelou mais de 200 filmes, incluindo obras de Yasujiro Ozu, Akira Kurosawa e Mikio Naruse. Aos 42 anos, ela realizou seu primeiro filme como diretora, tornando-se pioneira em um sistema de estúdio que desencorajava ativamente que
mulheres dirigissem filmes. Ela fez seis filmes inovadores ao longo de uma década, descartando a passividade atribuída à maioria das protagonistas femininas da época e criando uma obra pequena e radical de heroínas progressistas.

As obras que entram no acervo da FILMICCA são “A Lua Nasceu”, seu segundo longa-metragem com roteiro de Ozu e que estreia dia 23 de Fevereiro, e “Para Sempre Uma Mulher”, considerado o primeiro filme pessoal de Kinuyo Tanaka, que estreia no dia 16 de Fevereiro. Oportunidade imperdível de conhecer o trabalho desta grande diretora.

E para completar as estreias do mês, a FILMICCA traz 8 filmes contemporâneos, incluindo lançamentos inéditos como o documentário francês “Eu Amei Viver Lá”, de Régis Sauder,
com a participação e baseado nos textos de Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel da Literatura em 2022, o terror original “Jerk”, da diretora Gisèle Vienne, o deslumbrante drama romeno exibido em Berlim “Malmkrog”, de Cristi Puiu, e o drama social italiano “Uma Promessa”, realizado pelos irmãos Gianluca e Massimiliano De Serio e exibido no
Festival de Veneza.

Serviço:
Onde assistir: www.filmicca.com.br ou nos apps para Android (smartphone e tablet), iOS (iPhone e iPad), Apple TV, Android TV e Amazon Fire TV. Os apps possuem transmissão via Chromecast e AirPlay.

Calendário de Estreias de Fevereiro 2023 | FILMICCA

01 de Fevereiro | Quarta-feira

LAOCOONTE E SEUS FILHOS

um filme de Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein

com Tabea Blumenschein e Ulrike Ottinger
Alemanha | 1973 | Comédia/Drama | 50 min | 18 anos
Num país imaginário, habitado apenas por mulheres, Esmeralda del Rio realiza uma série de
transformações, tornando-se viúva na tundra gelada, patinadora no gelo e até o gigolô
Jimmy. O turbilhão excêntrico de imagens, acompanhado de uma narração divertida e
caprichosa, é um exercício surrealista impressionante. “Os contos de fadas estão chegando,
os contos de fadas vieram para ficar.”
Este primeiro filme de Ulrike Ottinger, codirigido com a atriz Tabea Blumenschein, já contém
muitos dos elementos que reaparecem nos seus filmes posteriores: uma mulher
extraordinária, um país incomum e uma cadeia de transformações mágicas que dá origem a
uma série de representações excêntricas de personagens. Essa noção de transformação,
tirada de “Orlando” de Virginia Woolf, que contém a ideia de morte e destruição, assim
como a ressurreição, continua sendo um tema importante.
Versão restaurada

03 de Fevereiro | Sexta-feira

O ENCANTO DOS MARINHEIROS AZUIS

um filme de Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein
com Valeska Gert, Tabea Blumenschein, Rosa von Praunheim e Barry Tannenbaum
Alemanha | 1975 | Comédia/Drama | 50 min | 18 anos
Uma jovem mulher pássaro luta com outra mais velha. São observadas por dois marinheiros
que se beijam diante de um cenário pintado que tem um rasgo que os transporta para o
jardim das delícias terrenas. Uma metamorfose típica do trabalho inicial de Ottinger, em
que a narrativa se desenvolve como uma colagem, se falam vários idiomas e tudo é instável.
Pessoas fantásticas ficcionais são interpretadas por pessoas igualmente fantásticas da vida
real, como a lendária atriz Valeska Gert e os importantes realizadores queer Rosa von
Praunheim e Frank Ripploh.
Versão restaurada

04 de Fevereiro | Sábado

UMA PROMESSA


um filme de Gianluca e Massimiliano De Serio
com Salvatore Esposito, Samuele Carrino, Lica Lanera, Antonella Carone e Vito Signorile
Itália, França | 2020 | Drama | 104 min | 16 anos
Sob o sol escaldante do sul da Itália, Angela trabalha nos campos onde é explorada
impunemente. Um dia ela não volta para casa. Esta perda trágica e misteriosa obriga
Giuseppe e seu filho Antò a procurá-la e iniciar uma busca, sem volta, pela verdade.
Exibido no Festival de Veneza
Lançamento inédito

08 de Fevereiro | Quarta-feira

MADAME X – UMA GOVERNANTE ABSOLUTA

um filme de Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein
com Tabea Blumenschein, Roswitha Janz, Monika von Cube e Irena von Lichtenstein
Alemanha | 1977 | Comédia/Drama | 141 min | 18 anos
Várias mulheres juntam-se numa viagem para o desconhecido a bordo do navio de Madame
X, que se revela uma tirana. O longa-metragem de estreia de Ulrike Ottinger, em parceria
com a atriz Tabea Blumenschein, descrito como um poema lésbico punk, tornou-se um filme
chave dos debates feministas nos anos 70.

Versão restaurada

09 de Fevereiro | Quinta-feira

EU AMEI VIVER LÁ

um filme de Régis Sauder
com a participação de Annie Ernaux
França | 2020 | Documentário | 89 min | 14 anos
Numa nova cidade, em algum lugar nos subúrbios de Paris, histórias íntimas vão ao
encontro dos escritos da famosa escritora Annie Ernaux: viver em harmonia é uma utopia,
ou poderá ser real e ultrapassar os paradoxos da sociedade para acolher estrangeiros?
Com a participação de Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 2022, e
baseado em seus escritos.
Lançamento inédito

10 de Fevereiro | Sexta-feira

RETRATO DE UMA BÊBADA

um filme de Ulrike Ottinger
com Tabea Blumenschein, Lutze, Magdalena Montezuma, Orpha Termin e Monika von Cube
Alemanha | 1979 | Comédia/Drama | 109 min | 18 anos
Uma mulher rica, sem nome e enigmática embarca em uma busca obstinada para beber até
o esquecimento, bebendo conhaques aparentemente intermináveis em alta costura
enquanto passa por uma Berlim carnavalesca povoada por roqueiros, punks, escritores,
artistas, motoristas de táxi e outros bêbados.
A primeira parte da trilogia de Berlim realizada por Ulrike Ottinger foi uma colaboração
feminista radical para o Novo Cinema Alemão. É uma cápsula do tempo da Berlim dos anos

70, um registo da sua cultura alternativa e um passeio turístico pelos locais boêmios da
cidade.
Versão restaurada

11 de Fevereiro | Sábado

JERK

um filme de Gisèle Vienne
com Jonathan Capdevielle
França | 2021 | Suspense/Terror | 60 min | 16 anos
Texas, meados dos anos 70. Com a ajuda de dois adolescentes, David Brooks e Wayne
Henley, o serial killer Dean Corll massacrou cerca de vinte meninos e registrou esses
assassinatos em vídeo. Da prisão onde cumpre pena perpétua, David Brooks, agora
ventríloquo e marionetista, conta sua história por meio de um espetáculo que imaginou.
Da aclamada coreógrafa e diretora teatral Gisèle Vienne, “Jerk” é uma adaptação eletrizante
do romance cult de terror de Dennis Cooper, baseado em assustadores eventos reais.
Vencedor do prêmio New Visions de Melhor Filme no Sitges – Festival de Cinema
Fantástico da Catalunha.
Lançamento inédito

14 de Fevereiro | Terça-feira

EM NÓS

um filme de Régis Sauder
França | 2021 | Documentário | 99 min | 12 anos
Dez anos atrás, os caminhos de Abou, Laura, Cadiatou e Jacques se cruzaram com os de
Emmanuelle. Ela era professora de francês em uma escola em Marselha. Juntos, eles
participaram de um filme, “Os filhos da princesa de Clèves”, no qual, ao analisar o texto
clássico, expressaram suas esperanças, sonhos e medos. Agora, o diretor reencontra-se com

os protagonistas: as memórias misturam-se com as histórias das suas vidas e dos obstáculos
cotidianos que têm de ultrapassar enquanto procuram não perder a esperança.
Lançamento inédito

15 de Fevereiro | Quarta-feira

FREAK ORLANDO

um filme de Ulrike Ottinger
com Magdalena Montezuma, Delphine Seyrig, Albert Heins e Claude Pantoja
Alemanha | 1981 | Comédia/Drama | 128 min | 18 anos
Ulrike Ottinger inspira-se em “Freaks” de Tod Browning e “Orlando” de Virginia Woolf, para
nos convidar para o seu pequeno teatro do mundo e relatar a história humana. Um tour de
force da coreografia cinematográfica com Magdalena Montezuma, Delphine Seyrig e Jackie
Raynal.
Versão restaurada


16 de Fevereiro | Quinta-feira

PARA SEMPRE UMA MULHER

um filme de Kinuyo Tanaka
com Yumeji Tsukioka, Ryôji Hayama e Junkichi Orimoto
Japão | 1955 | Drama | 106 min | 14 anos
Amplamente considerado o primeiro filme pessoal de Kinuyo Tanaka, “Para Sempre uma
Mulher” conta a história de uma recém-divorciada que é diagnosticada com câncer de
mama em estágio avançado. Ao adaptar a história da vida real da poeta Fumiko Nakajo,
Tanaka e a roteirista Sumie Tanaka (uma colaboradora de longa data de Mikio Naruse,
embora sem nenhuma relação familiar com Kinuyo) investigam questões de mortalidade,
sexualidade e independência feminina com uma franqueza e audácia sem precedentes no
cinema japonês do pós-guerra.

Versão restaurada

17 de Fevereiro | Sexta-feira

DORIAN GRAY NO ESPELHO DOS TABLOIDES

um filme de Ulrike Ottinger
com Veruschka von Lehndorff, Delphine Seyrig, Tabea Blumenschein e Toyo Tanaka
Alemanha | 1984 | Comédia/Drama | 154 min | 18 anos
A responsável de um império mediático decide lucrar com a história da ascensão e queda de
uma nova celebridade: Dorian Gray. A última parte da trilogia de Berlim é o apogeu da
encenação teatral de Ulrike Ottinger.
Versão restaurada

18 de Fevereiro | Sábado

ADEUS, SENHOR WONG

um filme de Kiyé Simon Luang
com Nini Vilivong, Marc Barbé, Soulasath Saul e Nathalie Richard
França, Laos | 2020 | Drama | 100 min | 14 anos
À beira do lago Nam Ngum, no norte do Laos, France é uma jovem desejada por dois
homens diametralmente opostos. Seu destino a leva a cruzar o caminho de Hugo, um
francês, em busca da mulher que o deixou há um ano.
Lançamento inédito

21 de Fevereiro | Terça-feira

MALMKROG

um filme de Cristi Puiu
com Frédéric Schulz-Richard, Agathe Bosch, Diana Sakalauskaite´ e Marina Palii
Romênia, Sérvia, Suíça, Suécia, Macedônia e Bósnia | 2020 | Drama | 200 min | 14 anos
Nikolai, um grande proprietário de terras, põe a sua casa à disposição de alguns amigos,
organizando uma estadia na espaçosa mansão. Para os convidados, entre os quais
encontramos um político, uma jovem condessa, um general russo e sua esposa, o tempo
passa na mansão com refeições ricas, jogos da sociedade e uma longa discussão sobre a
morte e o Anticristo, o progresso e a moral.
À medida que a discussão vai tomando forma e os vários temas são abordados, cada um
deles expõe sua visão do mundo, da história e da religião. As horas passam, as discussões
ficam mais acaloradas, os assuntos tornam-se cada vez mais sérios e as diferenças de
cultura e pontos de vista tornam-se cada vez mais evidentes.
Seleção Oficial do Festival de Berlim

22 de Fevereiro | Quarta-feira

SUPERBIA – A SOBERBA

um filme de Ulrike Ottinger
com Delphine Seyrig, Irm Hermann, Else Nabu, Renate Schlesier e Ting-lLi
Alemanha | 1986 | Comédia/Drama | 15 min | 18 anos
Abertura da obra coletiva “Seven Women, Seven Sins” (os outros segmentos foram
realizados por Chantal Akerman, Valie Export e Bette Gordon, entre outras diretoras). Como
Laurence A. Rickels escreveu no livro “The Autobiography of Art Cinema”, “Superbia,
enquanto quadro alegórico completo ou uma boia a passar diante de uma paisagem
marítima e a atravessar um cenário industrial, parecia a essência dos filmes de ficção de
Ottinger”. A procissão que se vê no filme é, entre outras coisas, uma despedida de um

período no trabalho de Ottinger, que daí em diante exploraria cada vez mais outros
mundos, culturas e universos.
Versão restaurada

23 de Fevereiro | Quinta-feira

A LUA NASCEU

um filme de Kinuyo Tanaka
com Chishû Ryû, Shûji Sano e Hisako Yamane
Japão | 1955 | Romance, Comédia, Drama | 80 min | 16 anos
Para seu segundo filme, Kinuyo Tanaka dirigiu um roteiro do lendário colaborador e mentor
Yasujiro Ozu. Embora orientado pela visão singular de Ozu sobre relacionamentos
familiares, “A Lua Nasceu” também possui a sensibilidade cômica viva e elegante de Tanaka
em sua representação de um viúvo que vive com suas três filhas. Enquanto vários jovens
cortejam as mulheres, o pai delas é forçado a confrontar, com uma perplexidade divertida,
os costumes em rápida evolução da sociedade japonesa.
Versão restaurada

24 de Fevereiro | Sexta-feira

JOANA D’ARC DA MONGÓLIA

um filme de Ulrike Ottinger
com Delphine Seyrig, Irm Hermann, Peter Kern, Gillian Scalici e Inès Sastre
Alemanha/Mongólia | 1989 | Comédia/Drama/Documentário | 165 min | 18 anos
Um grupo de europeus que viaja em um transiberiano é feito prisioneiro por uma tribo
mongol. O filme é fundamental na filmografia de Ulrike Ottinger: começa como uma ficção
espetacular, mas transforma-se em documentário tal como a sua obra como um todo.
Versão restaurada

25 de Fevereiro | Sábado

UM VIOLENTO DESEJO DE ALEGRIA

um filme de Clément Schneider
com Quentin Dolmaire e Grace Seri
França | 2018 | Drama | 75 min | 14 anos
1792. Isolado nas montanhas, longe do epicentro da Revolução Francesa, o mosteiro do
jovem monge Gabriel é requisitado para servir de quartel pelas tropas revolucionárias e pela
silenciosa jovem que os acompanha: Marianne. As novas ideias que Gabriel descobre
através da coabitação forçada entre monges e soldados não o deixam indiferente.
Exibido no Festival de Cannes

28 de Fevereiro | Terça-feira

A FRONTEIRA SELVAGEM

um filme de Nicolas Klotz e Élisabeth Perceval
França | 2017 | Documentário | 225 min | 14 anos
Inverno de 2016. A Selva de Calais é uma cidade em crescimento com cerca de 12 000
habitantes. No início da Primavera, a Zona Sul, as suas lojas, ruas e casas, são
completamente destruídas. A sua população expulsa muda-se para a Zona Norte para
encontrar abrigo e continuar a viver. No outono, a França organiza o desmantelamento


permanente da Selva. Mas a Selva é um território em mutação, uma cidade-mundo, uma
cidade do futuro: mesmo destruída, sempre renasce das cinzas. Filmado com jovens presos
no turbilhão de guerras e da violência policial, a obra mostra suas tentativas de cruzar a

fronteira para chegar à Inglaterra. “A Fronteira Selvagem” pode ser um episódio esquecido
da Odisseia de Homero.

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