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|Mostras| Cinemateca Brasileira apresenta em junho a 'Mostra 80 Anos de Zezé Motta'

|Mostras| Cinemateca Brasileira apresenta em junho a 'Mostra 80 Anos de Zezé Motta'

Homenagem exibe seis filmes de 07 a 09 de junho, com participação da atriz e dos diretores Clari Ribeiro e Éri Sarmet no debate que encerra a Mostra.

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Entre os dias 7 e 9 de junho, a Cinemateca Brasileira apresenta a mostra 80 anos de Zezé Motta, comemorando a importante contribuição da atriz ao audiovisual brasileiro. Artista plural, com trabalhos no teatro, na música, na televisão e no cinema, a atriz também se destaca pelos anos de luta por maior representatividade de artistas negros e negras nas artes.

Foi com Xica da Silva (Carlos Diegues, 1976) que Zezé se tornou uma estrela nacional (e internacional), interpretando de maneira ousada e enérgica a personagem-título. O filme atraiu mais de três milhões de espectadores aos cinemas, alavancando a carreira da atriz. A mostra traz não só esse importante título, como também filmes mais recentes de sua carreira, como Deixa (Mariana Jaspe, 2023), lançado no festival de Gramado, e obras que analisam sua trajetória, como Zezé Motta, la femme enchantée (Ariel de Bigault, 1987).

Haverá ainda um debate com Zezé, Clari Ribeiro e Éri Sarmet, que dirigiu e roteirizou, respectivamente, Se eu tô aqui é por mistério (2024) – também presente na mostra –, e Mariana Queen Nwabasili, pesquisadora das representações de gênero e raça no cinema brasileiro.

Toda a programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.

PROGRAMAÇÃO:

Sexta-feira, 7 de junho, 19h30 | Sala Grande Otelo

CAROLINA
Brasil (SP), 2003, 15 min, cor, Livre
Direção: Jeferson De
Elenco: Zezé Motta, Gabrielly de Abreu
Sinopse: Brasil, final dos anos 50. Carolina de Jesus escreve seu diário. Dentro de seu barraco, ela denuncia a fome, o preconceito e a miséria. Publicada, torna-se um sucesso editorial, sendo editada em 13 idiomas. Apesar do reconhecimento imediato e explosivo, a “exótica” mulher negra e ex-favelada falece pobre. Passadas algumas décadas, as palavras de Carolina continuam a ser uma denúncia contra a miséria de milhões de pessoas.

XICA DA SILVA
Brasil (RJ), 1976, 117 min, cor, 16 anos
Direção: Carlos Diegues
Elenco:    Zezé Motta, Walmor Chagas, Altair Lima, Elke Maravilha, Stepan Nercessian, Rodolfo Arena, José Wilker
Sinopse: Na segunda metade do século XVIII, a negra escravizada Xica da Silva torna-se o centro das atenções no Distrito Diamantino, onde estão as minas mais ricas do país. João Fernandes, representante da Coroa Portuguesa, apaixona-se por Xica e a transforma na Rainha do Diamante, satisfazendo todos os seus desejos extravagantes. Alertado pelos inimigos do casal, o rei de Portugal manda um emissário a fim de impedir que cresça o poder de Xica na colônia.
 

Sábado, 8 de junho, 14h | Sala Grande Otelo
 

DEIXA
Brasil (RJ), 2023, 15 min, cor, 16 anos
Direção: Mariana Jaspe
Elenco: Zezé Motta, Jéssica Ellen, Dan Ferreira, Daniel de Souza, Wilson Rabelo
Sinopse: Carmen é uma mulher que vive seu último dia de liberdade antes que seu marido saia da prisão.

ZEZÉ MOTTA, LA FEMME ENCHANTÉE
França, 1987, 56 min, cor, livre
Direção: Ariel de Bigault 
Elenco: Zezé Motta, Paulo Moura, Djalma Correa, Jorge Degas, Marilia Pera, Joel Rufino dos Santos, Grande Othelo, Carlos Prieto, André Valle, João Jorge Rodrigues dos Santos, Katia de Melo e Silva, Neguinho do Samba
Sinopse: Zezé Motta construiu uma carreira e uma vida excepcionais. Em um papel emblemático em Xica da Silva, encarna uma escravizada alforriada e efêmera rainha, que se torna símbolo de uma mulher negra audaciosa, livre e moderna. Zezé é uma artista de múltiplas facetas. Uma cantora de talento comovente cujo repertório expressa a força da sua personalidade. Engajada no Movimento Negro e próxima dos grupos que no Rio e em Salvador denunciam o racismo da sociedade brasileira, se engajou na luta contra a marginalização das pessoas negras, sobretudo no cinema e na televisão. Zezé Motta é uma personalidade excepcional que atravessa o cinema, a música e a cultura brasileira.
 

Domingo, 9 de junho, 14h30 | Sala Grande Otelo
 

SE EU TÔ AQUI É POR MISTÉRIO
Brasil (RJ), 2024, 22 min, cor, 14 anos
Direção: Clari Ribeiro
Elenco: Aretha Sadick, Lorre Motta, Bruna Linzmeyer, Helena Ignez, Zezé Motta
Sinopse: Rio de Janeiro, 2054. A travesti Dahlia desembarca no porto com uma missão: fundar o Clã mais poderoso que já existiu e, assim, derrotar a Ordem da Verdade. No futuro, muitas pessoas são trans. Mas só algumas são bruxas.

AS DIVAS NEGRAS NO CINEMA BRASILEIRO
Brasil, 1989, 53 min, cor, 10 anos
Direção: Vik Birkbeck, Ras Adauto
Elenco: Zezé Motta, Ruth de Souza, Léa Garcia, Zenaide Zen, Adele Fátima, Lélia Gonzáles
Sinopse: Entrevistas com atrizes negras de cinema, teatro e televisão que narram suas vidas, carreiras, discriminações e lutas no mundo artístico brasileiro. Estrelando as atrizes Zezé Motta, Ruth de Souza, Léa Garcia, Zenaide Zen e Adele Fátima, além da ativista Lélia Gonzáles.
 

Domingo, 9 de junho, 16h | Sala Grande Otelo
 

DEBATE com Zezé Motta, Mariana Queen Nwabasili, Clari Ribeiro e Éri Sarmet sobre a vida e obra da atriz
(com transmissão ao vivo e intérprete de libras).

SERVIÇO:

CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana

Horário de funcionamento
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação.
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados

Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)

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