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|Estreias| Novo filme do português João Pedro Rodrigues, 'Fogo Fátuo' chega aos cinemas dia 20 de julho

|Estreias| Novo filme do português João Pedro Rodrigues, 'Fogo Fátuo' chega aos cinemas dia 20 de julho

Longa distribuído pela Vitrine Filmes será exibido junto ao premiado curta brasileiro 'Fantasma Neon', de Leonardo Martinelli.

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'Fogo Fátuo' / Vitrine Filmes

 

O mais novo trabalho de um dos cineastas portugueses mais instigantes da atualidade, João Pedro Rodrigues (“O Ornitólogo” e “O Fantasma”), FOGO FÁTUO, chegará aos cinemas brasileiros em 20 de julho. A exibição também contará com o premiado curta brasileiro FANTASMA NEON, de Leonardo Martinelli.

Numa época em que os filmes estão cada vez mais longos e com ganchos para sequências, a Vitrine Filmes convida o espectador para uma experiência ímpar. Um longa de apenas 67 minutos e um curta de 20 minutos criam uma experiência sintética, mas profunda, com dois filmes que dialogam entre si na forma e no conteúdo, promovendo uma nova maneira de pensar o cinema.

Exibido em Cannes e vencedor do prêmio de direção no Festival Internacional de Bruxelas, FOGO FÁTUO é uma comédia musical inusitada que se passa no futuro, em que, no seu leito de morte, um rei se lembra da própria juventude, quando aspirava a ser um bombeiro. Ao conhecer seu instrutor, um novo sentimento surge na vida dos dois, os transformando para sempre.

“Eu queria muito fazer uma comédia”, diz Rodrigues. “É o gênero mais difícil de se fazer, e é um gênero pelo qual sou muito atraído. FOGO FÁTUO é uma comédia e um musical, mas, para mim, a descrição que mais acurada é uma fantasia, pois o filme está muito próximo de um devaneio. O longa toca em temas muito concretos, da mesma forma que começa como uma ficção-científica, já que se passa em 2069. É isso que faz a minha abordagem da comédia algo meio excêntrico.”

Rodrigues também comenta que partiu de estereótipos para trazer sua própria mudança a eles. O príncipe, por exemplo, é loiro, e interpretado por Mauro da Costa. “A ideia de brincar com os estereótipos dos contos de fada, para mim, soa divertida. Até deixamos mais loiro o cabelo do ator naturalmente loiro para enfatizar esse estereótipo. E, então, ele se encontra cara-a-cara com alguém cujas origens sociais e identidade são completamente distintas das dele. A partir disso, constrói-se uma história mais complexa e profunda tendo como questão a identidade, mas ainda na chave da comédia e do devaneio, com romance e um pouco de ironia.”

Como é comum nos filmes do cineasta, os corpos também são um forte elemento em FOGO FÁTUO“De repente o príncipe é confrontado com pessoas que não temem mostrar seus corpos. Brinquei com a referência de calendários feitos por bombeiros, nos quais são fotografados com pouca roupa. E levei isso além, pedindo aos atores para posar para um calendário, mas também com a postura que encontramos em pinturas clássicas. Queria que o público visse o quão especial é esse quartel de bombeiros.”

 

'Fantasma Neon' / Vitrine Filmes

 

Na mesma chave da fantasia e do musical está o curta brasileiro FANTASMA NEON, no qual o protagonista é um entregador de aplicativo que sonha em ter uma moto, e esse seu desejo se torna um musical. O filme foi eleito como o melhor curta brasileiro de 2022 pela Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, além de ter sido premiado em Gramado (melhor curta, diretor, ator, júri da crítica e Prêmio Canal Brasil), Curta Kinoforum - Festival Internacional de Curtas de São Paulo (um dos 10 Favoritos do Público), Festival do Rio (melhor direção da Mostra Novos Rumos), e Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade (melhor direção).

Exibido ao redor do mundo, o filme foi premiado no Festival de Locarno como melhor curta internacional; em Cinélatino Rencontres de Toulouse, foi ganhador do prêmio de público e especial do júri; e no Festival Biarritz Amérique Latine, como melhor curta. Também foi exibido, entre outros, no San Sebastián International Film Festival, BFI London Film Festival e Clermont-Ferrand International Short Film Festival.

FANTASMA NEON traz essa hibridez de um documentário com um viés dramático e de fantasia, mas, ao mesmo tempo, também tem alguns elementos documentais, como os depoimentos no início que são reais. Usamos o musical como uma plataforma de contraste narrativo, mas também espacial. Como contrastar o cinema mais fantasioso possível, o menos diegético que é a fantasia musical, com as realidades mais duras de extinção de direitos trabalhistas que o Brasil enfrenta hoje”, conta o diretor em entrevista.

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