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|Estreias| Coprodução entre Brasil e Chile, 'Prisão nos Andes' chega aos cinemas brasileiros no dia 12 de setembro

|Estreias| Coprodução entre Brasil e Chile, 'Prisão nos Andes' chega aos cinemas brasileiros no dia 12 de setembro

Primeiro longa-metragem de Felipe Carmona, obra foi exibida no Festival de Londres.

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'Prisão nos Andes' / Retrato Filmes

 

Coprodução entre Brasil e Chile, PRISÃO NOS ANDES chega aos cinemas brasileiros no dia 12 de setembro com distribuição da RETRATO FILMES. Dirigido pelo chileno Felipe Carmona, o filme retrata cinco cruéis torturadores da ditadura de Pinochet, que cumprem suas penas em uma luxuosa prisão aos pés da cordilheira dos Andes. O local possui piscina, jardins e aviários, e os presos são vigiados por guardas que mais parecem empregados. 

A tranquilidade é abalada quando uma equipe de televisão entrevista um dos internos, cujas declarações geram um impacto inesperado. Temendo uma transferência para um presídio comum, os militares condenados entram em um estado de delírio e violência em meio à paisagem montanhosa.

Baseado em uma história real que teve forte repercussão em seu país, este é o primeiro longa-metragem dirigido por Felipe Carmona, cuja trajetória inclui curtas como "William Shakespeare’s Dream in Constantinople" e "Los Camarones Tienen el Corazón en la Cabeza". O elenco conta com Andrew Bargsted, Hugo Medina, Bastián Bodenhöfer, Mauricio Pešutic, Alejandro Trejo, Óscar Hernández e Daniel Alcaíno.

O diretor também trabalhou com atores que foram vítimas da ditadura, o que trouxe ainda mais autenticidade às cenas. Hugo Medina, por exemplo, foi detido durante a ditadura. Ele foi brutalmente torturado enquanto estava preso e viveu no exílio em Londres por muitos anos.

Carmona revela que o ponto de partida para o filme foi sua curiosidade sobre as conversas, pensamentos e emoções dos homens condenados por crimes contra a humanidade, enquanto cumprem pena nas prisões extravagantes. Segundo ele, o filme também busca questionar o que significa ser chileno e examinar o impacto contínuo do legado da ditadura na sociedade.

O diretor traça um paralelo entre os acontecimentos retratados em 2013 e o Chile atual, destacando como as ideias políticas que sustentaram a ditadura de Pinochet ainda estão presentes e se fortaleceram. Ele reflete sobre a perpetuação das desigualdades sociais no Chile, a brutalidade da ditadura e a persistência do "Pinochetismo" como uma forma de pensar que fragmentou a sociedade e levou a um ciclo de autoritarismo.

PRISÃO NOS ANDES foi exibido em diversos festivais, incluindo o Festival de Londres, a Mostra de São Paulo, Festival de Cinema Latino de Chicago, Festival de Marrakesh, Festival de Guadalajara e o Festival de Huelva, onde ganhou o prêmio de Melhor Elenco. Além disso, o filme recebeu o Fipresci Award no Festival de Kerala, Menção Honrosa e Melhor Roteiro no Festival Cinema de Fronteira, e Felipe Carmona foi premiado como Melhor Diretor no Festival de Punta del Este. O filme é uma produção da Multiverso Produções, em parceria com Cinestación.

A crítica da The Review Hub elogia a estreia de Felipe Carmona na direção de longas, destacando a excelência das atuações, especialmente de Hugo Medina e Andrew Bargsted. O texto também elogia a trilha sonora da brasileira Mariá Portugal, que complementa essa análise introspectiva sobre masculinidade e arrependimento, criando uma atmosfera que é tanto inquietante quanto cativante.

A revista Take One descreve o filme como "fascinante" e ressalta que ele "cumpre sua premissa intrigante". Já a Loud and Clear destaca a "bela fotografia" e o "tema significativo", considerando-o um filme "envolvente e necessário". LatinoLife elogia o filme como "uma estreia impressionante", apontando que Carmona "incorporou profundidade e humanidade".

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