|Estreias| Ganhador de prêmios César, 'Ilusões Perdidas' chega aos cinemas brasileiros dia 09 de junho
Inspirado no clássico de Balzac, filme fez sucesso no Festival de Veneza e Varilux, e traz, no elenco, Benjamin Voisin, Xavier Dolan, Gérard Depardieu e Jeanne Balibar.
'Ilusões Perdidas' / Califórnia Filmes |
Um dos maiores clássicos da literatura universal, ILUSÕES PERDIDAS ganha uma nova adaptação vibrante e que dialoga com o presente pelas mãos do cineasta francês Xavier Giannoli (“Marguerite”). O filme fez sua estreia no Festival de Veneza, e desde então tem seguido uma carreira de sucesso, se tornando o grande vencedor do prêmio César deste ano, levando 6 estatuetas, entre elas, melhor filme, ator-revelação (Benjamin Voisin), coadjuvante (Vincent Lacoste) e roteiro adaptado, além de concorrer em outras 8 categorias. Depois de enorme sucesso no Festival Varilux de Cinema Francês, o filme estreia em 09 de junho, com distribuição da Califórnia Filmes.
Publicado originalmente em 1837, o romance de Balzac nunca perde sua atualidade, tratando da imprensa e da perda da ingenuidade de um jovem sonhador que se muda do interior da França para Paris. Lucien de Rubempré (Voisin) é um poeta circulará pela sociedade local, conhecerá o dinheiro, as mulheres, até que seja corrompido e suas ilusões desfeitas.
Giannoli assina o roteiro com Jacques Fieschi, e conta que conhece o romance desde a juventude, quando tinha mais ou menos a mesma idade que o personagem, e estudava Letras. Pouco depois estava estudando cinema, na Sorbonne, e começou a juntar um material sobre o livro. “Comecei então a acumular notas, referências visuais, estudos de crítica, porque os críticos de todos os lados queria recuperar Balzac. E até agora até onde me lembro, sempre convivi com a ideia de um dia fazer uma adaptação cinematográfica do romance.”
O cineasta explica que a ideia para ILUSÕES PERDIDAS foi também de homenagear o “esplendor francês”, seu espírito, sua linguagem, como seus tecidos e seus espaços. “A equipe técnica se concentrou para restaurar a sensação do tempo o mais preciso e sensual possível. Gostei de mergulhar neste mundo da Paris do século XIX, descobrindo este fantástico teatro esquecido do Château de Compiègne, por exemplo, que é central para o final do filme. Com suas perspectivas, parece que foi desenhado por Kubrick...”
Para prepara o protagonista, foram feitos diversos ensaios e outras atividades que contribuíssem para ele entrar no clima de época e no personagem. “Fizemos longos ensaios já com o figurino, nos quais Benjamin recitava poemas, ria, chorava. Ele tinha uma inocência sem sentimentalismo, uma sensualidade sem vulgaridade, uma dicção de época sem esforço. Uma evidência de cinema onde o menor gesto tem uma graça sem cálculo. Ele era Rubempré, um Rubempré moderno. Tudo estava encarnado... “
A revista Variety destaca em sua crítica a atualidade do filme. “E percebe-se que não há nada de novo nas fake news, pode ser chocante para o público contemporâneo descobrir como a imprensa era poderosa – e corrupta – dois séculos atrás.” E a Hollywood Reporter diz que “com performance estelares, trilha dramática orquestrada e figurinos caprichados ILUSÕES PERDIDAS é recompensador, uma narrativa de amor, desejo e ambição literária”.